Carro por assinatura: locação anual de veículo zero quilômetro pode gerar economia de 20%

janeiro 15, 2020

As mudanças de hábitos dos consumidores e reflexões sobre “posse” e “propriedade” refletiram diretamente no mercado de locação de veículos. Em meio a um cenário novo de consumo, as locadoras criaram o “Carro por Assinatura”, serviço em que clientes podem alugar veículos zero quilômetro com todas os opcionais desejados, pagando parcelas mensais. Colocando todos os custos na ponta do lápis, o negócio pode ser bastante vantajoso e chegar a 20% de redução nos gastos.

 “Hoje, a posse do bem importa mais do que propriedade do bem, principalmente quando o item em análise não é um investimento que possa valorizar, como os imóveis. As pessoas não querem mais ter um carro bom. Elas querem usar um carro bom e economizar com isso”, afirma o diretor executivo do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos (Sindloc), Leonardo Soares.

Ele explica que no caso do carro por assinatura o consumidor escolhe o automóvel e a concessionária compra. Na maioria dos pacotes estão incluídos impostos, como IPVA e licenciamento, seguro básico, manutenções anuais, entre outros. Cabe ao motorista colocar gasolina e dirigir.

“Ele tem que pagar franquia do seguro, caso haja alguma avaria. Mas também pode incrementar os serviços oferecidos”, diz Soares. Nessas condições, a partir de R$ 1.290 mensais é possível pegar um carro de entrada.

Mas saber se trocar o carro próprio pelo alugado vale a pena não é tarefa fácil.“Tem que colocar todos os gastos no papel, não só os que percebemos facilmente, e chegar aos custos mensais. No final, o cliente deve avaliar o que fica mais barato”, afirma o coordenador do curso de Economia do Ibmec, Márcio Salvato.

Entre os custos ele cita as trocas de óleo, bateria, pneus, gasto com financiamento, entre outros. É importante, ainda, analisar a possibilidade de o dinheiro da venda do carro próprio, ou a verba que seria utilizada para a compra do novo, ser aplicada.

Foi exatamente o que médico Vinícius Costa fez. Em 2016 ele queria fazer um upgrade no veículo. O investimento seria alto e ele ficou receoso em fazer um aporte tão grande em um bem que desvalorizaria em tão pouco tempo.

Na época, conheci o carro por assinatura e decidi avaliar a possibilidade. Quando coloquei todos os gastos no papel, fiquei surpreso. Conseguiria economizar e não teria dor de cabeça com manutenção e outros gastos”, afirma.

O plano escolhido foi uma assinatura de um ano. Quando foi devolver o carro, o médico gostou de outro modelo.

 

 “Fiz o test drive em um carro que estava sendo lançado e optei por ele. Desta vez, fiz um contrato de dois anos, que tem condições melhores. E com dois anos o carro ainda está novo”, comenta.

 

 

ss